Em uma das primeiras aulas do curso da Sociedade Brasileira de Copywriting, fiquei surpreso quando Rafael Albertoni (listado como um dos grandes copywriters brasileiros) propôs aos alunos a tarefa de criarem uma primeira copy.
Pensei: “mas estamos apenas no início do curso! Não vou saber fazer! Qual o propósito disto?”
Mais tarde eu ficaria novamente surpreso ao descobrir que Rafael estava com a razão.
De fato, apesar de os meus esforços em fazer uma boa copy, meu trabalho acabou sendo muito alterado pelas opiniões dadas pelos colegas do curso, durante a reunião de correção e revisão das copies.
Mas no final da reunião percebi algo extremamente importante: eu acabara de superar a barreira mental da primeira copy.
Para falar a verdade, a tal barreira ou bloqueio é um mito.
Na verdade, é importante ao aspirante a copywriter ter a iniciativa de, desde o início de sua jornada, praticar a criação de copies.
O conselho é corriqueiro, mas bem válido: praticar, praticar, praticar… se possível criar uma copy por dia.
Se por acaso a criatividade não estiver aflorada, é válido também “copiar uma copy”, de preferência manualmente para uma maior fixação do conteúdo persuasivo empregado pelo copywriter autor.
Uma dica bem legal é a formação de grupos de estudo on-line para que colegas possam dar sugestões das copies criadas por cada um (como é feito no curso da SBCopy).
Encare as sugestões com humildade, debatendo e argumentando as sugestões que considere pertinentes ou não.
A prática é realmente importante.
Mas a teoria também.
Por isso, se você não tiver condições financeiras de fazer um bom curso, gostaria de te propor algumas fontes de conhecimento.
Primeiro, deslogue-se do YouTube para não ter um resultado influenciado pelo hábito de seu perfil e pesquise pela frase “como se tornar um copywriter”.
Você encontrará canais de Rafael Albertoni, Roberta Santos, Ícaro de Carvalho e outros bem conhecidos.
Pesquise estes termos também em inglês e encontrará canais relevantes como Alex Cattoni, Dan Lok, Mike Nardi, Brian Dean e muitos outros.
Estes canais possuem conteúdos bem relevantes, caso contrário não estariam bem ranqueados.
Mas para não ficar perdido e sobrecarregado, seria importante que você se dedicasse inicialmente a um canal que mais lhe agrade em linguagem e conteúdo.
Assim, compensaria muito se você fizesse o investimento de ver os principais canais por cerca de uma semana e então escolher aquele que mais lhe agrada.
Passando para os conteúdos em blogs, é necessário mencionar o site da American Writers and Artists Institute e seus autores, que oferecem sempre conteúdo atualizado e oferecem dicas de como iniciar.
Aliás, os cursos da American são bem-conceituados mundialmente.
O site rockcontente.com oferece cursos gratuitos e com certificados e é bem comentado nos grupos de copywriting.
Participe destes grupos para ter informações sobre cursos e conteúdo, assim como manter-se atualizado sobre novidades.
Para manter-se atualizado também é importante assinar Boletins de notícias como Nick Sharma, Cole Shauefer, Ari Sadwick, Sam Parr, Yes Marsha e Amanda Natividad.
Com este grande conteúdo disponível para estudo e pesquisa vai chegar uma hora que você vai se estressar, ficar confuso e até ter tontura.
Quando chegar este momento, recomendo que largue tudo, e, por cerca de uma semana, apenas ouça audiobooks sobre copywriting que estão postados no YouTube.
Posso mencionar os livros “As Armas da Persuasão”, “Storytelling”, “Palavras Que Vendem Milhões”, dentre outros, que aliviarão a tua alma por trazerem histórias comoventes de sucesso.
Depois do refresco, volte aos estudos.
Este cenário de confusão e cansaço deve ser encarado com normalidade, pois faz parte do aprendizado e desenvolvimento pessoal.
Neste contexto, é importante mencionar os ensinamentos do lendário Mike Palmer.
Mike reconheceu que todos os aspirantes a copywriter passam por previsíveis ciclos de emoções, que vão desde a ansiedade até a frustração.
Vejamos cada um destes estágios.
Estágio 1: otimismo desinformado
No estágio do otimismo desinformado, o aspirante está cheio de otimismo e, dotado de espírito de luta, acredita que pode ser um copywriter de sucesso.
Seguindo sua crença, o aspirante se debruça sobre os livros, assiste vídeos, compra cursos, entra em grupos de discussão e pesquisa intensamente sobre outros recursos e ferramentas de aprendizado.
O aspirante também lota sua barra de favoritos do navegador de internet, salvando sites que muitas vezes nem sequer serão vistos novamente.
Além disto, salva em disco inúmeros livros em diversos formatos para ler em outra ocasião.
Nesta fase, o aspirante fica acordado até tarde da noite lendo e assistindo tudo o que puder para aprender a profissão.
Então, algo acontece.
De repente, o otimismo desaparece e a energia para assimilar todas as informações coletadas também vai embora.
Isso leva diretamente para o próximo estágio…
Estágio 2: pessimismo informado
Ao alcançar o estágio do pessimismo informado, o aspirante começa a questionar sobre o quanto já se dedicou, mas ainda não obteve um tostão furado sequer como resultado de seu esforço.
Por isso, o aspirante começa a duvidar se todo o esforço está valendo a pena.
O entusiasmo inicial repentinamente vai embora e o aspirante ganha um pouco de pessimismo sobre o futuro, tomando consciência de que as coisas não acontecem muito rapidamente.
Nesta fase é fundamental que o aspirante tome consciência também de que todos os copywriters de sucesso passaram por esta fase antes de se tornarem bem-sucedidos.
A chave para superar o pessimismo é, por incrível que pareça, continuar estudando e pensar: “se eu parar agora, perco. Mas se continuar, há grandes chances de conquistar meu objetivo”.
Estágio 3: identificação do propósito
Nesta fase o aspirante começa a superar as objeções criadas nas fases anteriores e passa a reconhecer que o aprendizado é importante e faz todo o sentido para atingir seu objetivo.
O otimismo volta a reinar.
Assim, passa a se dedicar mais e mais nos estudos, dedicando tempo também para a prática do que já foi aprendido.
Estágio 4: otimismo informado
Nesta fase, o aspirante tomou plena consciência de que o objetivo exige um compromisso pessoal e intransferível.
Começa então a perceber que cursos e livros não levarão, por si só, a uma carreira de sucesso, pois parte considerável do processo depende do próprio aspirante, que deve ter um sério compromisso e vontade de permanecer na busca de seu objetivo.
Pensando assim, o aspirante já adquire um conjunto de habilidades para se autodenominar copywriter.
Por isso, cria confiança em iniciar a captação de clientes e já se posiciona em pé de igualdade com outros copywriters.
Pois bem.
Após saber sobre os estágios do processo de aprendizagem, o importante é que você tome consciência de que é muito provável que você passará por estas fases.
A conscientização das fases torna possível reconhecer os “sintomas” de cada uma delas e, acalmando-se, entender que irá passar e, se você continuar tomando as atitudes certas, seu objetivo será alcançado.
É isto.